O primeiro ponto nesse assunto é que sou politeísta, pelo fato de acreditar que assim como nós somos diversas pessoas, os deuses também são diversos, com suas histórias, famílias e características próprias, voltados para algumas atividades e outras não, da mesma forma que nós, humanos.
Por outro lado, acredito que todos nós somos parte de uma força imensa, A Grande Canção, e que ela vai formando as nossas vidas e nós vamos a formando também. A cada geração, a Canção vai ganhando novas notas, às vezes belas e outras nem tanto, e a falta de harmonia na Canção causa mal-estar, da mesma forma que se formos à uma apresentação de orquestra e os músicos começarem tocar de forma desarmoniosa.
Como politeísta, tenho culto a diversos deuses do panteão celta, tendo uma proximidade maior com o panteão irlandês e o celtibérico. Porém, dentro de tais panteões, por identificação e um sentimento de amor, e o amor não se explica, mantenho devoção a Óengus e Brighid no irlandês, e Nábia no celtibérico. A devoção para mim é uma espécie de amor e pertencimento, é como se dissesse sou parte de você e por isso me devoto a você de todo coração, trago-lhe uma poesia em forma de oração e hoje te sirvo algo que gosta, e assim procuro te ter próximo a mim.
No demais, acredito na sacralidade da natureza, que ela está repleta de espíritos guardiões. Acredito na existência do outro mundo, onde os ancestrais vivem e pode nos auxiliar e ensinar, seja com seus erros ou acertos. Bem como a crença nos seres feéricos, seres que pode nos auxiliar ou não, mas não deixam de ser os nossos vizinhos, mesmo com uma natureza e moral diferente da nossa.
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