Ao pensarmos em alguma religião ou caminho espiritual, sempre vem a inquietação do que se pode ser feito quando não estamos em grupo, o que fazemos diariamente para estar em contato com o divino.
As orações diárias, provavelmente, são a primeira opção que vêm às nossas mentes, afinal, por elas pedimos proteção, sabedoria no agir e falar e somos gratos aos deuses e espíritos guardiões por terem estado conosco, como também gratidão pela bondade da terra por nos dar o alimento.
Oferendas aos ancestrais e aos espíritos da natureza, com qual dividimos a Terra também pode ser uma das práticas, afinal é uma forma de respeito e honra.
A meditação também encaixa em forma de prática diária, pois é através dela que conseguimos nos equilibrar, dentro do caos do dia-a-dia, como também sabermos quem somos, em um mundo em que as individualidades se perdem na massificação. Bem como entender fatos que não havíamos entendido ou encontrado solução.
No entanto, uma prática que é muito significativa para mim é a contemplação, gosto de ouvir, silenciosamente, o vento nos anunciadores da varanda da minha casa, o canto de diversos pássaros, observar as multicolores borboletas, as árvores que resistem em São Paulo, a represa e as diversas aves que nela habitam, o céu e suas nuvens, as tonalidades que o nascer ou por de sol ocasiona nele, e a lua em suas diversas fases. Contemplar o sabor das bebidas e comidas, bem como o cheiro da Dama da Noite e do mato e terra quando chove ou anoitece, e o solo começa esfriar e os aromas subirem. Essa prática me faz entrar em um estado de beleza e preenchimento incomensurável, o que me faz uma pessoa melhor e mais nobre, por isso me toca muito fazê-la, diariamente.
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