A sociedade tem se definido muito mais por códigos morais do que éticos, afinal, ser rebanho parece muito mais simples do que ter domínio sobre seus próprios anseios, o que exige coragem acima de tudo.
A ética, ao meu ver, está muito próximo da figura do guerreiro, e dentro do Druidismo, portanto, está ligado ao conceito de Soberania.
Para sermos éticos temos que, em primeiro ponto, sabermos o que buscamos, qual é o destino que nos espera, e ir à conquista disso, não é a regra do tudo pode, posto que todos temos que ter ciência de que, ao adotar uma postura na vida, temos pessoas conosco, que também tem seus direitos, e não podemos defini-las aos nossos anseios, assim como nós aos delas.
A postura ética parte também do respeito, ela não é uma licenciosidade; se eu tenho comigo que só serei ético e soberano se seguir as verdades que me fazem melhor, vou acreditar que para outras pessoas também é assim.
O Druidismo me mostra um caminho de respeito e integração à natureza, ligação à tribo, respeito à ancestralidade, o valor da coragem e da soberania, a busca pelo equilíbrio, a vida cíclica e entre outros ensinamentos, e isso tocou o meu coração, e a partir de então isso faz parte da minha busca, e toda vez que trilho algo para isso estou sendo ética com meu propósito de vida. Mas isso não tocou toda a humanidade e se eu tentasse impor essa verdade a todos, estaria sendo antiética.
Porque a ética não é um conjunto de valores coletivo, posto de cima para baixo, isso é a moral, a ética é uma conquista e a construção de um indivíduo, que entende que tais paradigmas lhe define. Uma sociedade pode, e deveria ser regra, ser ética, permitindo que os indivíduos tenham o direito de construir os seus anseios, não padronizando a todos, como temos visto a sociedade moral fazer.
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