Nábia e o Lume do Pão
A Primavera avança, no Hemisfério Sul, seu despertar já está colocado, agora é a hora de começar o semear, o reino da terra continua sendo o domínio de Nábia nesse momento, suas características de sentinela, guerreira e fertilidade são as que invocamos agora.
No passado, os antigos abençoavam a terra com o fogo da palha da última colheita, e despertavam o grão que geraria o pão e outros alimentos com cantos e versos em sua honra.
Mas também era hora de proteger o território de ocupações e de malefícios mágicos ou reais, que pudessem destruir o que estava sendo plantado.
Então nesse momento é a hora de invocar Nábia para que ela nos mostre o que do antigo pode ser a chama para o novo. E o que temos que proteger em nosso território pessoal, o que em nós é ainda frágil e precisa crescer sobre sua proteção, aquilo que é inegociável para nós, o que nos gera autenticidade. É o momento de plantar e proteger nossa soberania, sermos donos do nosso território: corpo, alma e mente. Hora de construir nossas armas de defesas, as pedras do nosso Castro.
Segue a estrutura ritualística para esse momento:
1° Passo — Limpeza de proteção do local
Essa limpeza não é propriamente física, será usado para ela, incenso ou vela, água e um punhal, pode ser faca ou espada também.
Pense que ela é um campo energético de proteção, que impulsiona e impede de entrar qualquer energia que não seja a necessária e invocada nesse contato com a deusa.
Primeiro passará com a água em volta do local, imaginando que águas de um rio cobre a si e o local, repetindo essas palavras ou outras que desejar:
Uma vez pelas chamas esse local está guardado,
Duas vezes pelas serpentes este local está selado,
Três vezes pelo escudo e pela lança este local está seguro.
Uma vez pelas águas está escondido do mal,
Duas vezes pela terra está firme.
Três vezes pelo céu recebe a magia dos deuses.
E passará com a chama em seguida, visualizando um círculo serpentino de fogo rodeando tudo, enquanto repete o mesmo verso.
E será a vez do punhal, enquanto percorre com ele, imagine uma densa floresta de árvores e espinhos, como se fosse uma parede intransponível, como as paredes dos castros, e repete os versos no processo.
Esses objetos devem ser mantidos como uma forma de altar para Nábia. Se usou incenso, invés de vela é importante que tenha a vela agora no altar.
2° Passo — Invocação e oferenda
Use essa invocação:
Na porta dos Castros,
Nas águas dos rios,
Na entrada do bosque,
Tu estás, Nábia Corona,
Permita-me que entre em seu reino,
Que mergulhe em suas águas,
Que entregue-me a sua sabedoria,
E receba suas dádivas.
És a rainha do outro mundo,
És a deusa da vida,
És a barqueira,
És a água da vida e da morte.
Permita-me que entre em seu reino!
Trago-lhe gentilmente meu presente e afeto.
E aqui entregue-lhe uma oferenda, pode ser de vinho, uva, ou outra bebida e fruta. Siga sua intuição. E diga:
Eu, seu nome, aqui estou, Nábia, para saber o que me faz autêntico, único, soberano, e te invocar para que sejas a força que semeia e protege o meu território da alma, mente e coração.
Meditação Guiada
Sente-se de maneira confortável, diante da vela, da água e punhal. Feche os olhos e comece a respirar, levando todo o ar da sua barriga para os seus pulmões, o retendo por seis segundos e soltando lentamente em quatro, repita por quantas vezes te for necessário permitindo que a cada respiração seu terceiro olho passe a enxergar a formação de um campo em que você está no centro sentado e cercado por um círculo de fogo serpentino e à sua frente está Nábia, dessa vez seus cabelos são cinzas como os pelos dos lobos e eles a acompanham. Ela está com sua lança e aponta para você, e começa te falar sobre sua soberania, tudo aquilo que você precisa cuidar e proteger, e como o fazer. A escute com atenção. Quando acabar a agradeça e respire profundamente abrindo os olhos.
Agradecimento e despedida:
Eu, seu nome, te agradeço Nábia, e me despeço, levarei comigo sua benção e o que é do seu reino, que contigo fique.

Nábia e a Noite das Almas
No Hemisfério Norte, o Outono derrubou seus frutos e o inverno logo se aproxima, o véu entre os mundos começa ficar frágil, e as almas daqueles que já foram nossos ancestrais se aproximam de nós.
A ancestralidade vai além da genética, passando por todos aqueles que já estiveram aqui e nos fizeram ser quem somos, os antigos. É o momento de se honrar essa ancestralidade, e nem todos são dignos de honra, e, temos que refletir qual ancestralidade nos traz aquilo que necessitamos, aquilo que nos faz sermos melhores. E nisso nós também somos os nossos ancestrais, quais versões de nós que morreram, que deixamos morrer, mas carregava o melhor de nós, o que podemos aprender e resgatar na nova jornada.
A Noite das Almas é o mergulho no Reino das Águas de Nábia, é quando mergulhamos para dentro da nossa alma profunda, de tudo aquilo que nos gerou e fez ser quem somos, as despedidas e as chegadas, os ciclos de vida, morte e renascimento.
É o momento em que Nábia nos levará de encontro a nós mesmos, com todos os nossos fantasmas, medos, defeitos, mas também veremos nossas luzes, avanços, aprendizagens e heranças boas ou ruins.
Peçamos a ela que nos ajude a se encontrar sem medo, que possamos sermos nós mesmos e entender o que queremos ser, e quais benefícios traz.
1° Passo — Limpeza de proteção do local
Essa limpeza não é propriamente física, será usado para ela, incenso ou vela, água e um punhal, pode ser faca ou espada também.
Pense que ela é um campo energético de proteção, que impulsiona e impede de entrar qualquer energia que não seja a necessária e invocada nesse contato com a deusa.
Primeiro passará com a água em volta do local, imaginando que águas de um rio cobre a si e o local, repetindo essas palavras ou outras que desejar:
Uma vez pelas chamas esse local está guardado,
Duas vezes pelas serpentes este local está selado,
Três vezes pelo escudo e pela lança este local está seguro.
Uma vez pelas águas está escondido do mal,
Duas vezes pela terra está firme.
Três vezes pelo céu recebe a magia dos deuses.
E passará com a chama em seguida, visualizando um círculo serpentino de fogo rodeando tudo, enquanto repete o mesmo verso.
E será a vez do punhal, enquanto percorre com ele, imagine uma densa floresta de árvores e espinhos, como se fosse uma parede intransponível, como as paredes dos castros, e repete os versos no processo.
Esses objetos devem ser mantidos como uma forma de altar para Nábia. Se usou incenso, invés de vela é importante que tenha a vela agora no altar.
2° Passo — Invocação e oferenda
Use essa invocação:
Na porta dos Castros,
Nas águas dos rios,
Na entrada do bosque,
Tu estás, Nábia Corona,
Permita-me que entre em seu reino,
Que mergulhe em suas águas,
Que entregue-me a sua sabedoria,
E receba suas dádivas.
És a rainha do outro mundo,
És a deusa da vida,
És a barqueira,
És a água da vida e da morte.
Permita-me que entre em seu reino!
Trago-lhe gentilmente meu presente e afeto.
E aqui entregue-lhe uma oferenda, pode ser de vinho, uva, ou outra bebida e fruta. Siga sua intuição. E diga:
Eu, seu nome, aqui estou, Nábia, para saber quem eu, realmente, sou, o que me constitui fora das máscaras sociais. Quais heranças devo preservar e quais devo deixar partir.
Meditação Guiada
Sente-se de maneira confortável, diante da vela, da água e punhal. Feche os olhos e comece a respirar, levando todo o ar da sua barriga para os seus pulmões, o retendo por seis segundos e soltando lentamente em quatro, repita por quantas vezes te for necessário permitindo que a cada respiração seu terceiro olho passe a enxergar uma paisagem nevoenta, onde há um rio profundo com uma barca dentro dele, conduzido por uma mulher coberta por uma véu que lembra águas, seus cabelos são longos e brancos e seus olhos não são possíveis enxergar, ela te convida a entrar na barca, você entra e essa começa se mover, e não demora muito e o véu te envolve, fazendo que o barco, você e tudo ao redor seja água, seja rio e você está com ela no fundo das águas, e ela te fala e te mostra aquilo que precisar saber sobre si e sua ancestralidade naquele momento. E quando chegar ao fim, você estará de volta à barca, ela te sorrir e você a agradece. Respira profundo e abra os olhos.
Agradecimento e despedida
Eu, seu nome, te agradeço Nábia, e me despeço, levarei comigo sua benção e o que é do seu reino, que contigo fique.
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